A Inquietação do Excesso de Informação 

                                                        And everybody knows...

NA GUERRA MUITAS COISAS CRESCERÃO
 
Ficarão maiores
As propriedades dos que possuem
E a miséria dos que não possuem
As falas do guia
E o silêncio dos guiados
      
Bertold Brecht 

Sic-Notícias: “Última Hora” – notícia de um incêndio na Igreja da Natividade, em Belém, provocado por um suposto (suspeito?) bombardeamento. Imagens de ao longe: uma luz no céu – para iluminar o alvo? O rocket propriamente dito? Explosão. Tiroteio. Um incêndio.

Daí a pouco tempo – para nós que não estamos lá – o incêndio parece estar extinto, provavelmente por palestinianos lá encerrados. 45 minuto de um intenso tiroteio em todas as direcções, foi dito, mas ainda nada se sabe ao certo de onde partiu nem para onde foram os disparos.

Os israelitas negam a sua responsabilidade em tudo isto. – Quem poderá ter sido? No bombardeamento de Guernica fez-se constar que tinham sido os comunistas e o mundo acreditou... e aqui? Ficará na história esta ideias de que os israelitas estão inocentes?

Arafat aparece mais uma vez indignado, exaltado diante das cameras. Para ele não há qualquer dúvida: foi um acto terrorista contra algo sagrado para a Humanidade, já não falando de vidas humanas. Observamo-lo compassivamente como a um bom actor que dá murros na mesa levantado o cerco. Mas a sua indignação é real e deveria ser a nossa.

Sabe-se de pelo menos um ferido, não se sabe quantos mortos e feridos estarão dentro e fora da igreja porque esta não é uma guerra mediática como a do Golfo. Será que aos americanos não interessa mediatizar todas as guerras? E o público deste espectáculo? Onde estava a CNN? E a Cruz Vermelha e as outras organizações humanitárias não deveriam já ter exigido a sua intervenção junto de civis que há mais de um mês estão encurralados sem alimentos nem cuidados médicos dentro de uma igreja, a própria Igreja da Natividade?

Entretanto Israel continua sentado democraticamente na ONU quando há muito já deveria ter sido votado ao ostracismo e encontrar-se a sofrer a imposição de sanções que coagissem a acabar com o cerco a Arafat, com o metódico extermínio do povo palestiniano e com as ocupações territoriais que continua a praticar à descarada, fazendo crer no dia seguinte que tudo se resume a uma guerra justa contra o terrorismo.

Sem a vontade dos americanos para pôr cobro  a estes acontecimentos, a ONU baixa os braços e nós continuamos a sentir um desejo ardente de beber uma coca-cola no intervalo das notícias. Sentimo-nos então muito melhor informados. Lamentamo-nos até por vezes de não podermos fazer nada. Podemos não beber a coca-cola. Primeiro estranha-se, depois desentranha-se.

 

 

1944 - Descubra as diferenças - 2002

  Afinal, quem ficou muito ofendido com as palavras do escritor José Saramago sobre a política de Israel em relação à Palestina, poderá confirmar agora a justeza das mesmas. As acções que estão a ser efectuadas contra todo um povo, que vive no seu país, com o seu governo legítimo e aceite pelas Nações Unidas são injustificáveis. Verdadeiros actos de terrorismo e chacina. Homens, mulheres e crianças, tudo são alvos a abater, pois todos são considerados um perigo para o futuro. O Presidente eleito está confinado às ruínas da sua casa. Em Belém, na igreja, situada no  local onde dizem ter nascido Jesus, centenas de palestinianos estão cercados por tanques e, por toda a Palestina, cidades são atacadas e destruídas. Como é possível que um povo que sofreu atrocidades durante o regime Nazi possa fazer o mesmo a outro povo? Será que o sofrimento que sentiu não é suficiente para desejar que mais ninguém venha a passar pelo mesmo, ou será pura e simplesmente o desejo de ver outros sofrer o que ele sofreu? Com que direito se recusam os Israelitas a ouvir e a cumprir as determinações das Nações Unidas? Estão acima da lei? Com que direito e presunção recusam aos representantes da Comunidade Europeia o direito de falarem com o Presidente Palestiniano? Será que é assim que esperam criar a paz, ou simplesmente estão a criar os homens bomba de amanhã? Será que os mortos desses mesmos homens bomba serão só responsabilidade dos Palestinianos ou também da política criminosa do estado de Israel. Poderá a mãe de uma criança Israelita morta num ataque bombista acusar sómente os Palestinianos, ou deverá também apontar o dedo ao Sr. Sharon? Porque será que desde que ele  assumiu o poder, a paz ficou mais longe e o número de mortos não pára de aumentar em ambos os lados? E já agora que é feito dos polícias do Mundo? Onde andam os Americanos e de que estão eles á espera para acabar com todos estes crimes? Ou será que esta guerra também serve os seus interesses
 

Ajude a acabar com mais um crime contra a humanidade    http://www.petitiononline.com/warcrime/

 

Judiarias

  Primeiro eles prenderam Moh'd Saleh, um palestiniano de 23 anos. Até aqui nada errado com a fotografia, não é?

Depois eles manietaram Moh'd no chão, suspeitando que ele tinha um cinto de bombas atado a si. è legitimo, não é verdade?

Enquanto o imobilizavam no chão, tentaram interrogar um segundo palestiniano presente. Eles parecem ter tudo sob controlo.

Mas isso não chega, pois não? Tudo bem! Agora eles despiram-no para se assegurarem que ele realmente não tinha quaisquer bombas consigo. Tal como podemos ver ele está quase nu no chão (pelo menos eles tiveram a decência de lhe permitirem manter a roupa interior vestida). Ele está obviamente subjugado e desarmado, não existindo qualquer sinal de bomba ou de resistência. Neste caso o que se faria num estado democrático, como Israel, um país que afirma respeitar a dignidade e a vida humana? Talvez levá-lo para a prisão??

A fotografia fala por si!!!!

O mínimo que podemos fazer, sentados no conforto das nossas casas é reencaminharmos esta mensagem para o maior número de pessoas que pudermos, para que todos possam ter a noção do que os palestinianos estão a passar!!!

Isto não é nada contra os judeus. Por entre os judeus existe muita gente boa.

Isto é apenas contra o sectarismo e o desrespeito pelos direitos humanos por parte de Ariel Sharon e dos extremistas existentes em Israel.

Ariel Sharon é um criminoso de guerra e deve ser julgado pelo Tribunal de Haia por crimes contra a humanidade e por genocídio contra o povo palestiniano.

 A indiferença legitima o crime.